Esta historia aconteceu no final do ano passado, mais precisamente em dezembro. Certo dia um menino conheceu virtualmente uma menina da sua escola, nunca havia a notado, por ser bastante discreta. No momento em que ele teve o interesse de adicionar o seu e-mail em seus contatos, ele não sabia que tinha se metido numa enrascada. E a partir dali ele conversou com ela pela primeira vez, ainda não estava apaixonado, mas algo começava a acender em seu peito. Dias passavam-se e ele cada vez mais interessado nela.
Não sabia ele que a menina com quem conversava virtualmente tinha uma mente muito mais madura do que a dele, porém ele era muito mais velho que ela.
Ele já tinha em mente, ficar com ela e depois conversar como amigos. Ele jurava que aquela garota era apenas mais uma menina ingênua, inocente e despreocupada com assuntos de adolescentes comuns. Estava totalmente enganado. Desde o primeiro dia que ele falou com ela, a garota desconfiou. Perguntou a si mesmo porque um garoto popular queria conversar com ela, logo ela concluiu que algo estaria em jogo.
Como a mesma não queria magoar-se, agiu com cautela e frieza. Dias se passaram e este menino importunando-a. E ela queria logo pôr um ponto final nesta historia importuna. Começou a ser hipócrita, falava o que ele queria escutar, mas não de forma autêntica. Por um lado ela estava prolongando cada vez mais esta historia.
E cada vez mais ele queria ouvir todas as palavras fingidas que ela dizia para ele. E então ele teve coragem de conversar com ela na hora do intervalo, ela agiu de forma verdadeira para que ele desistisse logo desta façanha. Ele falava com ela e a mesma nem olhava na cara dele, saiu e o deixou falando com as paredes.
Ele ainda não conseguia entender, mas seguia em frente, claro. Tinha sede de vitória, queria o "prêmio" para si.
Aos poucos ele ia demonstrando seus sentimentos, ciúmes era o principal. Não podia avistar a amada com outra pessoa do sexo oposto, logo a fúria bombeava em suas veias.
Pobre garoto apaixonado. Não sabia que estava sendo usado.
Ela nem tinha piedade daquele que lhe amava.
Ele criou coragem e pediu-lhe um beijo, ela não lhe negou, claro. Ela não queria ser rotulada como a fraca da turma. Beijou-lhe da forma mais fria, logo que ele tocou seus lábios ela se esquivava.
Ele sentia sua impassibilidade e um desgosto tomava seu jovem coração. No dia seguinte, já se esperava que ela nem ligasse para ele, mas o garoto não esperava isso.
Quando ele lhe pediu outro beijo ela negou e foi logo se saindo da situação, novamente o deixou falando com as paredes. Doía seu coração amargamente, doía. Embriagou-se para esquecer-se da façanha que havia presenciado, não esqueceu. Pediu para suas amigas perguntarem à amada porque ela disse que o amava e fez aquilo com ele. Estava indignado.
Ela novamente foi verdadeira com seus sentimentos e disse que havia falado o que ele queria ouvir e que tudo aquilo que lhe disse não passava de hipocrisia.
Ele já sabia, mas não queria acreditar, a menina não atendia seus telefonemas, ela sumiu de sua vida aos poucos e sem ninguém para recorrer, só teve uma única alternativa, a morte.
Suicidou-se no dia em que faria um ano que se conheceram.